Postado em: 11 de janeiro de 2023

Ter uma vida financeira estável e poder realizar as próprias metas é o desejo de qualquer pessoa. Mas, para isso, é preciso manter hábitos financeiros positivos, cultivando o equilíbrio nas pequenas ações.

Ao invés disso, muitas pessoas caem em armadilhas que acarretam problemas nas finanças e prejudicam a qualidade de vida. Continue lendo este artigo para descobrir onde moram os perigos que geram os desequilíbrios e como contorná-los.

O que são desequilíbrios financeiros?

De acordo com o Dicionário Online de Português, o desequilíbrio está relacionado com a instabilidade e a desarmonia. Segundo este, a falta de equilíbrio financeiro ocorre quando não há uma “relação proporcional entre a receita e a despesa”. Portanto, podemos entender os desequilíbrios como uma relação conturbada de um indivíduo com o próprio dinheiro, momentos de altos e baixos, causados por comportamentos negativos, como falta de prudência nos gastos.

Saiba o que caracteriza uma vida financeira desequilibrada: Falta de controle sobre o dinheiro; Gastos maiores que os ganhos; Rotina de compras mal planejadas; Desperdícios constantes; Criação de dívidas.

A imagem indica o que caracteriza uma vida financeira desequilibrada.

Como todo desequilíbrio tem origem no mundo interno, é importante refletir sobre os motivos que os causam. Que tipo de mentalidade sustenta os hábitos que geram problemas financeiros? Questione-se:

  1. Quais são suas crenças sobre o dinheiro? Ele é positivo? É negativo?
  2. Quais são suas crenças sobre o próprio merecimento? Você merece uma vida plena e próspera, ou merece só o básico do que a vida tem para lhe oferecer?
  3. O dinheiro se tornou uma válvula de escape para os problemas e carências? Você compra quando tem sentimentos de tristeza, frustração ou ansiedade?
  4. O dinheiro se tornou uma ferramenta de poder para você? Você compra para sustentar um padrão de vida inalcançável, causar inveja, mostrar que tem?

Quais são os hábitos que acarretam desequilíbrios?

Hábitos são aquelas ações realizadas com tanta frequência que passam a se tornar inconscientes. Muitas pessoas cultivam hábitos negativos em relação ao dinheiro e, por isso, prejudicam a saúde financeira. Conheça os devem ser evitados.

Comprar por impulso

As compras por impulso acontecem quando as emoções são colocadas à frente da razão. Seja para suprir uma carência ou para matar um desejo, a compra é feita, sem levar em conta os motivos para não fazê-lo. Depois, o impulso passa e a pessoa percebe que talvez o item ou serviço adquirido não é assim tão importante.

Para evitar isso, deve-se usar da racionalidade e questionar a si mesmo: “Isso é realmente uma prioridade?”, “É o momento certo para fazer essa compra?”, “Tenho condições de arcar com esse investimento?”, “Me trará algum retorno no futuro?”.

Dificuldade em impor limites

A dificuldade em impor limites pode se manifestar por meio de uma generosidade excessiva. Algumas ideias podem justificar essas atitudes, tais como a necessidade de agradar, de se tornar querido, de retribuir um favor, de trazer um momento de alegria a alguém, de dar aos filhos aquilo que não teve condições de ter na infância, entre outros. O problema é que este hábito pode ser um caminho para as dívidas.

Em outros casos, as pessoas têm dificuldade em dizer não para si mesmas, para as próprias vontades e caprichos. Justificam-se, a partir das seguintes ideias: “Trabalho muito, portanto mereço um agrado” ou “Minha vida vai se tornar melhor com essa aquisição” e ignoram os motivos contrários para se realizar a compra.

Contar com dinheiro futuro

As ofertas de crédito fácil, como empréstimos, cartão de crédito e cheque especial podem ser perigosas para aquelas pessoas que querem adquirir algo, mas não têm o dinheiro suficiente. Por vezes, também se apoiam em ideias incertas, como “Posso fazer horas extras”, “Se apertar, faço uns bicos”, “Tenho um dinheiro para receber”.

Esta mentalidade acende um sinal amarelo e indica perigo, pois demonstra não somente um comportamento precipitado, mas também a falta de bom senso e o despreparo para lidar com imprevistos.

Atitudes positivas para cultivar o equilíbrio nas finanças

Como todo hábito negativo pode ser substituído, confira o que pode ser feito para melhorar a vida financeira.

Pense a longo prazo

Ter objetivos para o futuro é importante porque cria o senso de responsabilidade. Ao definir metas a serem realizadas, seja adquirir um bem material, como carro ou imóvel, ou realizar a viagem dos sonhos, as pessoas estabelecem motivos para evitar gastos desnecessários, cortar desperdícios e para se comprometerem a guardar dinheiro de forma estruturada. Por isso, é importante viver sempre um dia de cada vez, mas com a consciência de que as ações de hoje constroem o amanhã.

Tenha um planejamento financeiro

O planejamento financeiro é o processo de gerenciar as entradas e saídas de dinheiro, de modo a evitar dívidas e garantir o equilíbrio. Um bom planejamento pode contribuir para que as pessoas tenham maior clareza sobre sua realidade financeira e aumentar o controle sobre o próprio bolso.

Para isso, é importante manter o hábito de anotar todo o dinheiro que entra e que sai, assim como guardar parte dele para fins específicos.

Crie um fundo para emergências

Mesmo para as pessoas mais organizadas financeiramente, é impossível prever todas as eventualidades. Infelizmente, algumas pessoas entram em dívidas por causa de acontecimentos não planejados, como acidentes ou problemas de saúde. Por isso, criar um fundo de emergência é essencial. Este recurso permite que, mesmo frente a crises, a vida financeira se mantenha estável.

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