No dia 03 de março se comemora o Dia Mundial da Vida Selvagem, estipulado pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2013, com os objetivos de chamar atenção para a importância da vida e da diversidade de espécies presentes no planeta, alertar sobre os impactos negativos das ações inconsequente dos seres humanos e combater a exploração do meio ambiente. 

Vida selvagem é o termo usado para caracterizar organismos, como plantas e animais, que crescem e vivem em áreas livres da interferência humana. Pode ser encontrada em diferentes ecossistemas, como desertos, florestas tropicais e planícies. Quando os seres humanos interferem nestes ambientes, realizando mudanças em suas estruturas, a vida selvagem é ameaçada. 

Dados sobre os danos à vida selvagem 

O Relatório Planeta Vivo, que conta com publicação bianual da rede WWF, apresentou uma queda considerável, de quase 70%, na vida selvagem ao redor do mundo desde o ano de 1970, incluindo mamíferos, aves, peixes, répteis e anfíbios. 

Ainda, o relatório apontou as maiores perdas de diversidade animal nos continentes. Os mais prejudicados foram a América Latina e o Caribe (com queda de 94%) e Europa e Ásia Central (18%). As espécies mais afetadas foram aquelas que vivem em água doce, com uma perda de 83% em 50 anos. 

Entre os motivos por trás do prejuízo à vida urbana e da extinção dos animais silvestres estão as mudanças no uso do solo, como o desmatamento, a expansão agrícola, o crescimento urbano, produção de energia, mineração e desintegração de rios e riachos.

Como proteger animais silvestres 

Todos os seres existentes no planeta constituem uma rede que se relaciona entre si; toda espécie tem sua importância e seu papel dentro desta rede. Com pouco mais de 8 bilhões de pessoas no mundo, se cada um fizer o que está ao seu alcance para proteger a vida dos animais silvestres, poderemos minimizar os danos causados ao longo dos anos e alcançar a união no propósito de conservação da biodiversidade.  

A imagem aponta os caminhos para proteger os animais silvestres.

Pratique o consumo sustentável 

O consumo sustentável engloba a consciência e a responsabilidade como características-chave no processo de compra. Para o Ministério do Meio Ambiente, este modelo de consumo é aquele que prioriza os produtos que utilizam menos recursos naturais em sua produção, que garantiram emprego adequado aos produtores e com materiais que poderão ser mais facilmente reaproveitados ou reciclados. 

Não incentive o tráfico de animais 

O tráfico de animais é uma atividade ilícita, caracterizada pelo comércio ilegal de animais silvestres, que são retirados de seu habitat natural para serem vendidos clandestinamente. É a terceira maior atividade ilegal do mundo e traz grandes prejuízos à vida de animais como anfíbios, aves, mamíferos, peixes e répteis. Alguns dos mais vendidos são araras, micos, papagaios e peixes ornamentais. É importante assumir o compromisso de evitar a compra de animais silvestres e incentivar as pessoas ao redor a fazerem o mesmo. 

Contribua para projetos de conservação 

Os projetos de conservação da vida selvagem envolvem diversas atividades, como pesquisas, recuperação de áreas deterioradas e de animais feridos, valorização de comunidades locais, entre outras. Primeiramente, é importante encontrar projetos sérios, que estão comprometidos com a causa; em seguida, escolher a melhor forma de contribuir, seja com trabalho voluntário, doações ou fazendo a divulgação. 

Respeite áreas protegidas 

As áreas protegidas são delimitadas e administradas para conservar o patrimônio nacional dos ecossistemas, para que a diversidade biológica e cultural possa ser mantida e perpetuada pelos próximos anos que virão. Quando for visitar estes lugares, nas férias ou em visitas regulares aos parques naturais e outros, aja com responsabilidade, seguindo as indicações e em respeito às espécies que habitam aquele ambiente.