Postado em: 20 de fevereiro de 2023

Algumas das principais ameaças à saúde estão relacionadas ao consumo de drogas – quaisquer substâncias, naturais ou sintéticas, que provocam mudanças no funcionamento normal do organismo ao serem ingeridas. Podem ser lícitas ou ilícitas, contudo, o fato de serem legalizadas não as torna menos nocivas.

Descubra, neste artigo, quais são as principais classificações das drogas, as mais utilizadas no país, a importância das ações de prevenção e os motivos para evitá-las.

Conheça as principais classificação das drogas: Drogas lícitas – substâncias que o uso, produção e comercialização são permitidos por lei e regulados pelo governo. Drogas ilícitas – substâncias que o uso, produção e comercialização são proibidos por lei e ocorrem por meio do tráfico. Drogas sintéticas – são aquelas que são produzidas em laboratório; Drogas naturais – são aquelas obtidas diretamente da natureza; Drogas semissintéticas – são obtidas na natureza, porém processadas antes do seu consumo.

A imagem apresenta as principais classificação das drogas.

As drogas mais utilizadas no Brasil

Um estudo coordenado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em parceria com a Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad), chamado “III Levantamento Nacional sobre o Uso de Drogas pela População Brasileira”, de 2017, reuniu mais de 16 mil pessoas em todo o território nacional para a obtenção de informações importantes sobre o uso de drogas.

Neste estudo, foram reveladas informações de que 3,2% dos brasileiros, cerca de 4,9 milhões de pessoas, haviam consumido substâncias ilícitas nos 12 meses anteriores à pesquisa. Desta porcentagem, há maior taxa entre os homens (5%, contra 1,5% das mulheres) e jovens (7,4% de pessoas entre 18 e 24 anos).

Ainda, foram divulgados dados sobre as drogas ilícitas mais utilizadas no país, que são, consecutivamente: maconha (7,7% dos brasileiros entre 12 e 65 já usaram pelo menos uma vez na vida), cocaína em pó (3,1%), crack e similares (0,9%, por volta de de 1,4 milhão de pessoas).

Os organizadores da pesquisa chamam a atenção pelo fato de que esta foi realizada em contexto domiciliar e que estes números devem aumentar consideravelmente quando captadas também as pessoas não regularmente domiciliadas ou em condições especiais, como as que vivem em abrigos ou presídios.

Sobre as drogas lícitas: as seguintes informações foram apresentadas: o álcool é, definitivamente, a droga mais consumida entre os brasileiros, já que mais da metade da população brasileira entre 12 e 65 anos declarou ter consumido bebida alcoólica alguma vez na vida (30,1% destes nos 30 dias anteriores à pesquisa); o uso do cigarro tradicional está em queda, mas há um aumento no uso de cigarros eletrônicos e narguilés (em dados, 33,5% dos brasileiros declarou ter fumado cigarro industrializado pelo menos uma vez).

A importância das ações de prevenção

Muitos são os fenômenos por trás do abuso das drogas, alguns deles, associados à falta de estrutura familiar, baixa autoestima e sugestionabilidade, pobreza, fácil acesso às drogas e baixa escolaridade. O abuso das drogas está relacionado à dependência química, que é considerada uma doença crônica e progressiva, de acordo com a Organização Mundial de Saúde.

Considerando a nocividade do uso constante de drogas, as ações de prevenção se tornam muito importantes para preservar a saúde integral e qualidade de vida dos cidadãos, além de evitar o grave problema de saúde pública relacionado, que se reflete em prejuízos para toda a sociedade.

O item 4 da Política Nacional sobre Drogas, instituída pelo Decreto n°9761/2019, orienta sobre a prevenção das drogas: “A efetiva prevenção ao uso de tabaco e seus derivados, de álcool e de outras drogas é fruto do comprometimento, da cooperação e da parceria entre os diferentes segmentos da sociedade brasileira e dos órgãos da administração pública federal, estadual, distrital e municipal, fundamentada na filosofia da responsabilidade compartilhada, com a construção de redes que visem à melhoria das condições de vida e promoção geral da saúde da população, da promoção de habilidades sociais e para a vida, o fortalecimento de vínculos interpessoais, a promoção dos fatores de proteção ao uso do tabaco e de seus derivados, do álcool e de outras drogas e da conscientização e proteção dos fatores de risco”.

Motivos para evitar as drogas

É de conhecimento geral que o uso de drogas traz inúmeros malefícios à saúde, que se agravam a longo prazo se elas forem consumidas com regularidade. Estes malefícios se encaixam em três diferentes quadrantes relativos à saúde: física, mental e social.

Prejuízos à saúde física

Problemas respiratórios e cardíacos são algumas das consequências causados pelo uso da maconha, cocaína e crack. A maconha também pode causar o desenvolvimento do câncer de pulmão. A cocaína e o crack prejudicam a qualidade do sono e também promovem a diminuição do apetite, que, a longo prazo, pode ocasionar a desnutrição.

Prejuízos à saúde mental

Algumas drogas, como o álcool e a maconha, geram prejuízos nas habilidades cognitivas, como a memória e a capacidade de processar informações complexas. Além da maconha, outras drogas como a cocaína, o crack e o ecstasy podem gerar ou agravar transtornos como depressão, ansiedade, paranoia e pânico.

Prejuízos à saúde social

A saúde social está relacionada à manutenção de relacionamentos harmoniosos com grupos sociais como família, amigos, colegas de trabalho e comunidade. O uso de drogas, principalmente nos casos de dependência, traz complicações porque causa confusão mental, agitação e alucinações que favorecem a agressividade e a violência. Além disso, prejudica o cumprimento de normas sociais e viabiliza conflitos e acidentes.

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